quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Cuidados na Pavimentação


Serviços de construção, manutenção e reabilitação viária, este último também conhecido como recapeamento ou recapagem, são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população. No entanto, precisam ser realizadas da maneira correta.
As estradas, ruas e avenidas sofrem um processo natural de envelhecimento e desgaste. A deterioração de pavimentos asfálticos geram transtornos a população. Para solucioná-las, muitas vezes são executados serviços sem planejamento técnico adequado, de resultado final ruim que gera retrabalho e prejuízos financeiros.
É preciso repensar a forma com quem as obras de pavimentação e recapeamento são realizadas em todo o Brasil. É imprescindível que o serviço seja de qualidade, tanto no projeto quanto na execução.
Muitos cuidados precisam ser tomados em todas as etapas construtivas. Selecionei alguns problemas que vivenciei como engenheiro de aplicação e que são bastante comuns em obras de pavimentação pelo Brasil:
1.      Compactação de base: etapa em que omissões e falta de cuidados são frequentes e notórios. Uma compactação mal executada pode resultar em afundamentos que danificam as camadas acima. A capacidade de suporte precisa ser adequada à carga que será recebida. Na execução, os erros comuns são compactar com excesso de umidade e a sobrecompactação, conhecida também como supercompactação, que é o excesso de passadas do rolo compactador. Isto faz com que o solo, quando já está compactado e com todos os quase todos os seus vazios já preenchidos, sofra o processo de descompactação pela continuidade do impacto do cilindro vibratório.

2.      Produção do concreto asfáltico: o material asfáltico produzido precisa ser homogêneo e com os agregados totalmente cobertos pelo ligante asfáltico (CAP). Os cuidados precisam ser tomados desde a alimentação dos agregados. Estes devem estar com pouca umidade, pois o excesso diminui a produção da usina. O agregado com umidade acima do tolerado também afeta a mistura com o ligante asfáltico (CAP), resultando em massa de má qualidade, apresentando bolhas oriundas da evaporação que provocam o surgimento de cavidades internas. O sistema de dosagem da usina precisa também ser extremamente preciso para que não haja distorções no traço da mistura. Recomenda-se que o sistema de secagem e mistura da usina de asfalto seja o mais eficiente possível.

3.      Mesa compactadora desreguladaao iniciar a pavimentação, a vibroacabadora precisa estar com sua mesa compactadora regulada. É imprescindível que a mesma já esteja aquecida, pois em temperatura mais baixas o asfalto acaba aderindo a suas chapas alisadoras, provocando arrastamento do asfalto e segregação do material. A abertura da extensão hidráulica precisa ser regulada, de modo que não deixe marcas no asfalto e que não haja diferenças de inclinação. A foto abaixo mostra um exemplo de falta de regulagem na abertura hidráulica da mesa, com um risco na junção da parte da mesa fixa com a parte aberta, em ambos os lados. Também há segregação de material na parte central.

4.      Falta de nivelamento na pavimentação: queixa mais comum da população e dos leigos em pavimentação em geral. Quem nunca trafegou por uma rua totalmente desnivelada ou cheia de ondulações que provocam desconforto e perigo para os condutores? Geralmente ocorrem por má-execução da pavimentação. As pavimentadoras (vibroacabadoras) de asfalto possuem sistemas de nivelamento de simples uso e baixo custo. Porque não são utilizadas? Porque não se exige, principalmente em pavimentação urbana, cujos serviços são na maior parte das vezes realizados “na coxa” e com fiscalização deficiente.

Abaixo, um exemplo de sistema de nivelamento utilizado. O esqui mecânico faz a cópia da referência na pista já pavimentada e automaticamente mantém a mesa compactadora com os mesmos parâmetros de inclinação.

 

5.      Espessura adequada da camada asfáltica: Problema que ocorre principalmente em pavimentação urbana. Espessura fina em trechos de tráfego pesado, assim como camadas espessas em locais de baixo tráfego. As camadas de base precisam também ter a espessura adequada, para a correta transferência das cargas do tráfego.

A contratação de consultoria especializada para o correto dimensionamento pode evitar futuros retrabalhos e desperdício de verba pública. Em grandes cidades, o ideal é que vias de tráfego pesado intenso, corredores de ônibus e sistemas de BRT sejam de pavimentos de concreto, de grande durabilidade e maior vida útil.
 

6.      Compactação asfáltica: é a etapa em que muitos erros de aplicação ocorrem. São tantos e inúmeros os erros cometidos que irei escrever um tópico a parte. Entre os principais, o acionamento do sistema vibratório do cilindro na junta da faixa quente com a faixa fria, ocasionando quebra dos agregados do asfalto já frio. A foto abaixo mostra como fica um pavimento asfáltico com agregados da mistura triturados do lado esquerdo da junta entre as faixas pavimentadas.

 

O controle da temperatura do asfalto é muito importante, pois não deve ser utilizada a compactação vibratória com temperatura inferior a 100°C. Se a temperatura estiver próxima, o recomendado é que se passe somente o rolo de pneus.
 

7.     Fresagem do pavimento deteriorado: o recomendado é que seja avaliada a condição do pavimento. Em muitos casos uma simples fresagem da camada deteriorada é o suficiente. Porém, em outros casos o nível de degradação é tão alto que as camadas de base estão igualmente comprometidas. Dessa forma, é preciso uma intervenção de reciclagem do pavimento. Atualmente há diversas soluções técnicas para a reabilitação asfáltica, tais como a reciclagem a frioin-situ com a utilização de máquinas recicladoras. Outra solução é a reutilização de material fresado em usina para a produção de concreto asfáltico a quente (CBUQ).

Um erro comum é pavimentar uma nova camada sobre o asfalto degragado. As trincas e rachaduras se propagam para a nova camada, cuja vida útil acaba sendo bastante encurtada.

 
 
8.      Compatibilidade com obras de drenagem e saneamento: é preciso compatibilizar projetos e, principalmente, a execução. Vazamentos em tubulações que geram grandes buracos comprometem toda a pavimentação aplicada acima. É muito comum as concessionárias de água e energia abrirem rombos no asfalto para a execução de determinado serviço e depois remendarem de maneira bastante precária. Outro problema bastante frequente é o desnivelamento em bueiros, podendo ocasionar danos aos veículos e acidentes aos usuários da via.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

CBUQ x PMF


Em pavimentos flexíveis pode ser utilizado misturas a quente ou misturas a frio. Entre as misturas a quente, a mais utilizada é o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente). Já entre as misturas a frio o PMF (Pré-Misturado a Frio) é a mais conhecida. Quais são as diferenças principais entre as misturas? Quando é recomendado utilizar cada uma?
Em ambas as misturas asfálticas a composição é formada por agregados minerais (britas, pó-de-pedra, filler) e um ligante asfáltico que os unem. A classificação mais comum é dividir em quente ou frio, no entanto a principal diferença é o ligante asfáltico. Este influencia os demais parâmetros da mistura. No CBUQ, o ligante CAP (cimento asfáltico de petróleo) é um produto semi-sólido em temperatura ambiente que necessita deste aquecimento para possibilitar a sua mistura com os agregados. Já para o PMF é necessário emulsionar o ligante asfáltico em água, obtendo uma emulsão asfáltica catiônica, com propriedades que permitem melhor adesividade com os agregados.
      O CBUQ é produzido em uma Usina de Asfalto em processo a quente, enquanto o PMF é produzido em temperatura ambiente em uma Usina de Pré-Misturado a Frio, conhecido também como Usina de Solos, que é muito mais simples. Dotada apenas de silos de recebimento de agregados, correias dosadoras e misturador, a Usina de Solos não necessita de todo o sistema de secagem, mistura, filtragem e automação de uma Usina de Asfalto a Quente convencional.
Esquema de funcionamento de uma Usina de Solos
 
Usina de Solos em Operação
 
Esquema de funcionamento de uma Usina de Asfalto a Quente
 
Usina de Asfalto em operação
 
 
O CBUQ é uma mistura entre agregados minerais (aproximadamente 95%) e o CAP (aproximadamente 5%). Os agregados mais utilizados são as britas e o pó-de-pedra, cuja função no pavimento é a resistência mecânica e estabilidade da mistura. Já CAP tem função de promover a aglutinação, flexibilidade, impermeabilidade e durabilidade da mistura asfáltica. O CBUQ é classificado de acordo com a curva granulométrica dos agregados que a compõe, podendo ter graduação densa, aberta, uniforme ou descontínua.
O CAP é um material termosensível cuja utilização deve obedecer sua curva viscosidade/temperatura. Por esta razão, é necessário muito cuidado com a temperatura de usinagem. Se a temperatura subir excessivamente há um dano as propriedades do CAP, que se oxida precocemente, alterando sua constituição e reduzindo a vida útil do material asfáltico recém produzido. O CAP é classificado de acordo com a sua consistência medida por penetração de agulha a 25°C (CAP 30/45, CAP 50/70, etc) em décimos de milímetro. A composição da mistura asfáltica em relação ao CAP utilizado e as propriedades dos agregados disponíveis em determinada obra deve ser regida por estudos e projetos específicos. O CAP é armazenado aquecido em tanques junto às Usinas de Asfalto, mantido em temperaturas entre 145°C e 155°C.
No PMF, o ligante que une os agregados graúdos e miúdos é a emulsão asfáltica, uma dispersão do CAP em fase aquosa estabilizada com tensoativos. Pode ser utilizada na mistura com agregados úmidos, ao contrário do CAP em uma mistura a quente onde há necessidade de secagem dos materiais pétreos para que haja a aderência do ligante com os agregados. Dependendo da origem mineral do agregado é necessário adicionar cal para que haja adesividade com o CAP.
Um período de cura para o PMF é necessário para que a capacidade adesiva do ligante seja mantida. A emulsão asfáltica pode ter inúmeras composições, classificadas de acordo com tempo de ruptura (ligante asfáltico se separa da água para aderir ao agregado), teor de asfalto e a presença de material de reforço tal como polímeros. Já o PMF pode ser classificado em mistura aberta, semi-densa e densa. As PMFAs (pré-misturados a frio abertas) tem um alto teor de vazios (Vv > 22%) e tem como característica o atrito entre as partículas e uma pequena parcela de película ligante. Acrescentando material fino há uma diminuição do teor de vazios e a mistura se transforma em um PMFsD (pré-misturado a frio semi-denso) ou PMFD (pré-misturado a frio denso), tendo assim seu comportamento orientado pelo mastique asfáltico, que é o material de consistência fluída resultante da mistura do agregado mineral graduado com o ligante.
Em comparação com as misturas a quente, o PMF necessita de um maior volume de vazios para que a água evapore. Há maior desgaste ao uso e envelhecimento acelerado em comparação com o CBUQ, por estar mais sensível a ação da água e do ar. Inúmeros estudos comprovam que o número de repetições de carga para romper um corpo de prova é muito maior para um CBUQ do que para um PMF. Alguns valores de estabilidade Marshall só podem ser atingidos pelo CBUQ. O PMF apresenta limitações para aplicação em rodovias, principalmente quando há previsão de cargas pesadas circulando sobre o pavimento.
A recomendação de aplicação do PMF é ser utilizado em vias com baixo volume de tráfego e em camadas intermediárias da estrutura do pavimento, obedecendo a uma criteriosa dosagem da mistura. Pode ser incorporado polímero na emulsão, melhorando as propriedades em relação a estabilidade da mistura. Há tendência de desagregação da superfície, que pode ser protegida através de um tratamento superficial. É importante também examinar o projeto de drenagem, para que a água escoe e não desagregue o material.
Equivocadamente, o PMF vem sendo utilizado em rodovias com tráfego pesado em diversos Estados do Brasil. Embora o PMF tenha custo bastante inferior a uma mistura asfáltica a quente e seja muito mais fácil de produzir, a sua aplicação não pode substituir o CBUQ em vias de tráfego mais pesado. Outro erro também é aplicar o PMF por espalhamento com o uso de motoniveladoras. A qualidade obviamente fica muito abaixo de um CBUQ aplicado por vibroacabadora.
Em relação a custos, o PMF é cerca de 50% mais barato do que o CBUQ, com algumas variações conforme a região do Brasil. Portanto, a questão de escolher entre um e outro depende do porte e das características da obra. Uma mistura asfáltica a quente terá qualidade e resistência superior em relação a mistura a frio. Entretanto se o PMF apresenta um traço bem projetado, com a correta dosagem e com rigoroso controle tecnológico pode ser uma ótima alternativa para vias com baixo volume de tráfego.
 
PMF espalhado por motoniveladora
 
CBUQ aplicado por vibroacabadora
 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Como piloto é treinado para conduzir avião novo que ele ainda não conheça?

O novo modelo de avião da Airbus, o A350 XWB, começou a voar no Brasil em janeiro deste ano, pela TAM, entre São Paulo e Manaus.
O escolhido pela companhia brasileira para pilotar o voo de estreia foi o comandante Dias (José Antonio Dias Neto), na empresa desde 1989. “Meu sonho de aviador, de voar uma bela máquina, está se realizando'', disse ele, pouco antes da decolagem.
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Comandante Dias pilotou o primeiro voo comercial do A350 no Brasil – Foto: Maria Carolina Abe/UOL
Para se preparar, Dias e outros pilotos foram até a fábrica da Airbus, em Toulouse, na França.
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Vista da fábrica em Toulouse, onde é feita a montagem final do A350 – Foto: Divulgação/Airbus
Ficaram um mês e meio lá, tendo aulas teóricas e sessões práticas num simulador de voo.
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Pilotos fizeram 17 sessões, de 4 horas cada, no simulador de voo – Foto: Divulgação/Airbus
A adaptação ao novo modelo é mais fácil para quem já está acostumado com os aviões da Airbus –caso de Dias, que pilotava um A330 até então.
Os aviões da fabricante europeia são comandados por meio de um sidestick, parecido com um joystick de videogame. Já os aviões da Boeing têm um conceito completamente diferente, e o piloto dirige usando um manche, que parece um volante de carro.
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À esquerda, sidestick da Airbus; à direita, manche da Boeing – Fotos: Divulgação/Airbus e Boeing
“Na Airbus, os pilotos e instrutores costumam dizer o seguinte: é um avião igual o A330, mas completamente diferente'', afirma o comandante.
A principal mudança, para Dias, é a quantidade de dados que podem ser facilmente acessados usando apenas o mouse.  “O piloto não precisa mais sair do seu assento pra verificar manual nenhum.''
Por enquanto, só 13 aviões A350X XWB foram entregues no mundo todo, para quatro empresas aéreas: Qatar Airways, Vietnam Airlines, Swissair e TAM.
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Últimos preparativos antes do 1º voo comercial do A350 no Brasil – Foto: Maria Carolina Abe/UOL
Tripulação também se prepara
Quem trabalha fora do cockpit também teve que estudar o novo avião. Por exemplo, saber como abrir as portas no caso de uma emergência, aprender a usar os controles de luz e temperatura, e descobrir o que mudou nos equipamentos da cozinha.
“O forno numa aeronave é do lado direito, aqui é do lado esquerdo. A trava numa aeronave fecha para cima, aqui fecha para baixo'', afirma a chefe de cabine Cintya (Vanessa Tolesano).
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Cintya foi a chefe de cabine no voo de estreia do A350 da TAM – Foto: Dênis Armelini/UOL
A grande novidade apontada pelos comissários foi uma espécie de pia com triturador. Ali eles podem jogar líquidos e algumas coisas sólidas também, que antes não tinham onde colocar.
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Comissários “curtiram'' o triturador, novo equipamento a bordo do A350 – Foto: Maria Carolina Abe/UOL
Avião deve ir para Miami
A Airbus fabrica três modelos diferentes do A350 XWB: 800, 900 e 1.000. A TAM adquiriu os aviões do modelo 900, que têm 66,9 metros de comprimento, 64,75 metros de asa a asa e 17,05 metros de altura, em média, e autonomia de voo de 14,4 mil quilômetros.
O avião da companhia brasileira tem capacidade para 348 passageiros: 30 na classe executiva e 318 na econômica.
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Classe econômica tem 9 assentos por fileira – Foto: Maria Carolina Abe/UOL
Por enquanto, a TAM usa o novo avião entre São Paulo e Manaus, indo e voltando num mesmo dia, para treinar a tripulação. A partir de março a companhia deve usá-lo para voos internacionais: primeiro para Miami, depois Madri, Orlando e Nova York.
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Monitor na classe econômica mostra dados do voo SP-Manaus – Foto: Maria Carolina Abe/UOL
O grupo LATAM Airlines (união entre LAN e TAM) encomendou 27 aviões A350 e as entregas devem ser feitas gradualmente até 2019. O quarto avião já deve ser entregue com o novo logotipo da empresa, em meados deste ano.
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Executivos da LAN e da TAM apresentam novo logotipo da empresa – Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Mais conforto e economia de combustível
O novo avião, de médio porte e longo alcance, é a aposta da Airbus para competir com o 787 e o 777 da Boeing.
Parte da fuselagem e das asas é feita de um material bastante parecido com a fibra de carbono, que é mais leve e não enferruja. Com a estrutura mais leve e um motor mais eficiente, a fabricante promete uma economia de até 25% com combustível.
Outros fatores aplicados na fabricação, segundo a Airbus, reduzem a emissão de gás carbônico e os custos de manutenção em cerca de 40%.
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Uso de material leve permite economizar combustível, segundo a fabricante – Foto: Divulgação/Airbus
Para os passageiros, a Airbus promete mais conforto graças à pressão menor dentro do avião, ao bombeamento gradual do ar (pressurização) e a um sistema de iluminação com 16,7 milhões de tonalidades de lâmpadas de LED.
Isso permite, segundo a fabricante, diminuir as dores de ouvido comuns nas viagens de avião e reduzir o jet lag, cansaço causado por longos voos em que há mudança de fuso horário.
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Teste de luz em simulador do A350 – Foto: Divulgação/Airbus
O espaço interno do A350 XWB é 12,7 cm mais largo do que o habitual em seu segmento e suas janelas, 24% maiores. Os bagageiros também são mais espaçosos e comportam até cinco malas de mão.
A fabricante já recebeu mais de 780 encomendas. O preço de tabela varia entre US$ 295 milhões a US$ 340 milhões cada.
Fonte: Uol


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Câmara flagra queda de um guindaste no centro de New York!!!!

Guindaste despenca em rua de Nova York

Incidente ocorreu na rua Worth, em Manhattan. Um pessoa morreu no acidente, segundo bombeiros.




















Um guindaste despencou na manhã desta sexta-feira (5) na rua Worth, próximo à rua Chruch, na região de Manhattan, em Nova York, nos EUA. A queda de um gigantesco guindaste no bairro de Tribeca matou uma pessoa e feriu outras três, duas das quais gravemente, indicou um porta-voz do corpo de bombeiros à agência France Presse.
Alguns usuários do Twitter publicaram imagens que mostram o guindaste na rua. Na queda, ele atingiu vários carros que estavam estacionados.


Na queda, guindaste atingiu vários carros que estavam estacionados (Foto: Reprodução/Twitter/Keith V Smith)
Na queda, guindaste atingiu vários carros que estavam estacionados (Foto: Reprodução/Twitter/Keith V Smith)
  


O guindaste estava sendo baixado por operadores devido às condições meteorológicas desfavoráveis quando caiu por razões desconhecidas, informou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em uma coletiva de imprensa.
A estrutura, com 172 metros de comprimento, atingiu vários carros estacionados e mais um que estava na calçada. Os três feridos foram atingidos por objetos que se desprenderam de quatro edifícios afetados pelo guindaste.
Mais de 130 bombeiros e 33 unidades foram chamados para o local do acidente.

Guindaste despencou em rua de Nova York (Foto: Reprodução/Twitter/Roberto Alvarez)
Guindaste despencou em rua de Nova York (Foto: Reprodução/Twitter/Roberto Alvarez)



De Blasio afirmou que foi um "pequeno milagre" não ter havido mais mortos ou feridos, por se tratar de uma área bastante movimentada, perto do distrito financeiro.
Minutos antes do acidente, operários haviam afastado pedestres e veículos da área, uma medida de precaução que impediu um acidente ainda mais grave, segundo o prefeito.
A grua havia sido inspecionada na quinta-feira pela prefeitura, que deu permissão para que fosse estendida até 172 metros.
O aparelho, que permite mover cargas de até 300 toneladas, era utilizado para substituir os geradores elétricos e o sistema de ar condicionado do telhado de um edifício na Hudson Street.
Este edifício, conhecido como o "Western Union Building", de tijolos expostos e inspiração 'art déco', possui 110 metros de altura e foi construído em 1930.
De Blasio lembrou que o último acidente grave com um guindaste ou grua remonta a 2008.

Fonte: G1